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Suporte aos profissionais

Revista BIS – Sinep MG.

Sávio Paz é Diretor do Colégio Darwin – Fortaleza CE. Graduado
em Administração pela Universidade Estadual do Ceará, pós-graduando em Gestão Escolar pela USP/Esalq.

“Pesquisa realizada pela Pearson, utilizando metodologia de coleta de dados aplicada pela americana The Harris, com 7 mil estudantes em oito países, mais de mil deles no Brasil, mostra um consenso dos entrevistados: o mundo da educação mudou de maneira irreversível e profunda. O olhar dos alunos sobre a educação que vivemos atualmente mostra como algumas tendências foram aceleradas pela pandemia, como globalização e tecnologia. Divulgados em agosto do ano passado, no documento intitulado “A Pesquisa Global com Alunos”, os dados são esperançosos, porque nos dizem outra coisa importante: mesmo com as dificuldades, a confiança nas instituições de ensino, no geral, é alta. Quando li o documento, fiquei pensando em tudo o que ele representava na conexão com outros dados e informações que venho acompanhando sobre o ambiente da educação e o trabalho que realizamos localmente. Meu objetivo foi identificar, depois de meses de aprendizagem, como conseguimos de modo bem-sucedido manter a confiança dos alunos e suas famílias. E um dos pontos que gostaria de destacar é o trabalho que colégios, como o que eu tenho a oportunidade de gerir, têm feito com foco na gestão de pessoas.

Mais do que os investimentos em tecnologia da informação e da comunicação, fundamentais e incontestáveis neste momento, não há como deixar de considerar que é no vínculo entre as pessoas que fortalecemos a confiança no desenvolvimento e implantação das ações. E na educação isso não é diferente. Pelo contrário,
até porque atuamos sobre o desenvolvimento humano (pessoal e profissional). No Colégio Darwin, o trabalho de acolhimento, assistência e acompanhamento das equipes multidisciplinares às famílias, de modo a enxergar cada realidade de maneira individualizada, fez e tem feito toda a diferença, na minha avaliação. Ganhamos na manutenção do vínculo, na abertura para feedbacks, na construção e revisão coletiva de metodologias e, acima de tudo, no respeito a cada ente envolvido nesse processo de adaptação e ajustamento contínuo. Fácil não foi nem tem sido, mas os resultados são
mesmo animadores, gerencial e pedagogicamente falando. Para isso tudo acontecer, tivemos que cuidar primeiramente de
quem trabalha conosco. Os profissionais têm estado, desde o ano passado, preocupados com seus empregos. Os educadores somam a isso os desafios para que conheçam e continuem a adaptar seus conteúdos às plataformas tecnológicas usadas nas aulas remotas. E há também inúmeras outras questões, para que cumpramos os protocolos e mantenhamos todos bem e com segurança. Ou seja, é muita coisa para se lidar. A escola, como
ambiente que emprega esses profissionais, precisa ser, mais do que nunca, suporte.

Fizemos treinamento , realizamos reuniões remotas (inúmeras, por sinal), compramos equipamentos, enviamos materiais para a casa dos professores, deixamos a infraestrutura da escola à disposição. O mais importante, no entanto, foi a necessária abertura para ouvir e, com isso, repensar, refazer, recomeçar. Ano passado, inclusive, implantamos o Café com Psicólogo, um projeto que deixa o setor de psicologia à disposição de quem trabalha conosco. É suporte para lidarmos com essa dinâmica intensa, que nos pede resiliência, muita comunicação interpessoal e por intermédio das plataformas
e, acima de tudo, empatia.”

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Colégio Darwin

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